Léo Moura e Nixon, jovem atacante do Flamengo
Convertido e membro da Igreja Batista, desde o início deste ano, o lateral direito Léo Moura vem minimizando os tradicionais efeitos da “boleiragem” entre os jovens do elenco e comanda a “turma da fé”, que trocou as tradicionais noitadas pelas igrejas.
Líder natural e referência para os demais jogadores, após quase sete anos de clube e mais de 400 jogos com a camisa rubro-negra, Léo comanda rodas de orações nas concentrações e tenta orientar os companheiros que acabam de chegar ao mundo do futebol profissional.
Além do lateral, os atacante Negueba e Nixon, os volantes Muralha e Luiz Antônio e o meia Mattheus e o jovem goleiro reserva César já trilham o mesmo caminho da fé.
“Estamos sempre conversando nos horários livres e eu já comentei algumas vezes nessas resenhas sobre a minha experiência com Deus, como isso tem me feito bem. Muitos que ouvem acabam se interessando e querendo participar também”, explicou Léo Moura, destacando ainda que não pressiona ninguém a participar.
“Não é nada que eu fique forçando para acontecer. Ocorre com naturalidade, talvez por eles verem em mim um exemplo positivo.  A gente fica feliz quando consegue que alguém se interesse porque é um caminho bom, que ajuda a ter uma vida de paz e harmonia e evita que as pessoas façam algumas escolhas que podem acabar trazendo problemas para elas no futuro. Eles estão começando agora e precisam se afastar de muitas coisas que desvirtuam por aí nesse mundo”, explicou Léo, que em outras épocas era conhecido pelas amizades com jogadores rotulados como “baladeiros”.
Atualmente, a única balada de Léo Moura é na Igreja Batista Central da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Quando muito, o lateral frequenta casas de shows para assistir a apresentações de Thalles Roberto, cantor gospel de sucesso e seu amigo particular.
Diante de um assunto sempre polêmico com a religião entre jogadores, Léo faz questão de ressaltar que as escolhas não interferem no ambiente do grupo dentro de vestiários e hotéis.
“Alguns no time são evangélicos, mas outros têm religião diferente e a gente respeita isso acima de tudo. Como falei, como cristão, quando aparece uma oportunidade coerente, a gente procura falar de Deus. Mas as pessoas têm livre arbítrio e direito de escolher o caminho que elas querem seguir. Somos um grupo e temos sempre que ter o bom senso de respeitar as individualidades e o espaço de cada um”, disse o capitão da equipe.
Desafio com Adriano
E apesar da facilidade em levar os mais jovens para a sua igreja, Léo Moura ainda tem um grave problema no grupo. Mesmo sendo um dos atletas mais próximos ao ‘Imperador Adriano’, o lateral ainda não conseguiu levar o atacante para seu “Império” da fé, ou simplesmente tirá-lo do caminho de baladas e problemas.
“Estamos sempre tentando ajudar o Adriano, que é um dos caras mais queridos do grupo. Ele também precisa mostrar que quer se recuperar. Vamos tentar fazer com que ele volte a ser aquele grande jogador”, disse durante a última semana, após mais um polêmica de indisciplina envolvendo o camisa 10.