quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Feliz 2015

Que as realizações alcançadas este ano, sejam apenas sementes plantadas, que serão colhidas com maior sucesso no ano vindouro.



Feliz Ano Novo! Feliz 2015!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O jornal Defato Publica no Caderno do Estado a situação que se encontra a Lagoa do Piató

Cartilha - estudo de hoje "Lagoa do Piató"

1-Hoje a gente vai aprender sobre a Lagoa do Piató lugar de onde há riqueza sai da ponta do anzol.
2- Os antigos habitantes das margens da lago, os índios, eram gente muito boa estranharam a casa que estava só e chamaram de piató   


1- Pelo canal de Panon vinha água a valer dava peixe de qualidade fartura pra dar e vender.
2- Mas o bicho homem é muito estranho, vive inventando arte resolveu mexer om a natureza provocando um desastre 

1- Da lagoa se pescava peixe grande
2- E hoje se pesca peixe pequeno impedindo o seu crescimento com isto não haverá a redução levando o peixe da lagoa a extinção.
3- para o problema não aumentar temos que da lagoa ser um irmão e para começar nunca jogar lixo no chão. 

Fonte: Trilhas Potiguares Lagoa do Piató 
Raimunda Gonçalves de almeida 
Luciana Araújo Montenegro 

Comunidade do Porto Piató vista por satélite


Caracterização da lagoa do Piató




A lagoa do Piató, situada no vale do Baixo Assú, na margem esquerda do rio piranhas/Assú – RN, encontra-se localizada entre as coordenadas geográficas de 37° log W.G e 5° 30`lat.s. com aproximadamente 18km de extensão máxima e um volume de água de 96 milhões de metros cúbicos, era considerada como uma das lagoas mais piscosas do RN. Como tal era submetida a intensa exploração pesqueira com um núcleo de vida dado grande riqueza e diversidade de organismos existentes nos seus diferentes subsistema. A variedade de subsistemas identificados nessa lagoa dependia da expansão do espelho de água por ocasião das grandes enchentes. No período chuvoso, a água expandia-se consideravelmente, invadindo as áreas de carnaúbas, possibilitando temporariamente a integração do sistema hídrico e paisagístico circundante.


Com a construção da barragem Eng.º Armando Ribeiro Gonçalves, a atividade pesqueira ficou tendenciosamente comprometida, pois trata-se dos efeitos sobre o volume d´água da lagoa através do represamento do rio Assú pela barragem. Aos poucos, agudos, com claros sinais sobre a pesca.



As altas taxas de salinidade em combinação com elevadas temperaturas e intensa evaporação, constitui-se nos indicadores que melhor traduzem o stress ecológico.

Origem da Lagoa do Piató


A Lagoa do Piató tem Historia.


Os impactos ambientais sofridos pela lagoa não atingem só a sobrevivência da população que depende da pesca para sobreviver. Ameaçam o principal santuário ecológico e paisagístico da região. A lagoa também representa um monumento histórico, sendo ponto de referência de toda ocupação da região e das vastas caatingas nordestinas. É marco dos conflitos entre janduís e os colonizadores. Estes índios da nação tapuia, junto com outros povos indígenas,  como os Canindés, organizaram-se na confederação dos cariris para defender os seus territórios. O conflito, chamado pela historiografia oficial de Guerra dos bárbaros, ocorreu entre 1663 e 1665 e, só terminou quando foram aprisionados os reis Janduí e Canindé. Um dos acampamentos do rei Janduí ficava próximo a lagoa Bavatagh, localizada ao poente do rio Açu e abundante em peixes. No lado nascente do rio ficava outro lago denominado pelos nativos de Igtug (Lagoa da Ponta Grande). O rio Açu era chamado de Otschunog pelos nativos. O nome Açu, proveniente da língua nativa significava Grande, dai veio o nome do Estado do Rio Grande do Norte.

Destes índios veio o nome Piató. Segundo Câmara Cascudo, na língua Tupi seria Ipia-a-tó, Lagoa da casa ou casa de morada, alusão a velha residência tradicional da fazenda de gado, a mais antiga ás margens da lagoa do Piató. Conforme esse conhecido antropólogo norteriograndense , Piató, a morada primitiva, lhe deu o nome e era fazenda de gado. Além do nome piató, cada comunidade das margens da lagoa tem sua historia e singularidades próprias. Razão porque cada uma delas foi tratada mais adiante como um caso particular. 

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Feliz Natal a todos, é o que Deseja o Blog Porto Piató


Feliz Natal mãe natureza


Lagoa precisa de um canal de alvenaria para receber água do Piranhas/Açu





A lagoa do Piató, que fica na região entre as cidades de Ipanguaçu e Carnaubais, é abastecida com água do rio Piranhas/açu por água das chuvas e principalmente por um canal de 10 km, que seria sua sangria, mas que no período de cheia do Piranhas/Açu faz o sentido inverno.

Entretanto, após a conclusão da Barragem Engenheiro Armando Ribeiro, em 1983, só acontece do rio Piranhas/Açu ter água suficiente para abastecer o canal e a lagoa quando a sangria da Armando Ribeiro se aproxima de metros de lâmina no sangradouro.

Isto aconteceu em 1985.
Para chegar água na Lagoa do Piató, é preciso construir uma estação elevatória no Rio Piranhas/Açu - é penizado pelas comportas da Barragem Armando Ribeiro - e um canal de alvenaria para levar água até o lago. Entretanto, trata-se de um investimento alto que o governo do Estado alega que não tem recursos e que busca junto ao Ministério da Integração Nacional apoio para fazer a obra.



Trajetória da Lagoa do Piató

"A lagoa do Piató encheu no ano de 1912, vindo a secar em 1915, encheu novamente em 1924 secando em 1932 e tomando água em 1947, secando em 1950 enchendo novamente em 1955, secando no mesmo ano. Depois de dois anos, em 1957 encheu, mais em 1958 secou. Tomando água em 60, ficando meia em 61-63-64-67 e 68. Secando em 70 em 71 tomou água e secou em 72, mas encheu em 74 secando em 82. Encheu em 85, secando em 92 e em 96 ficou quase seca em 99. Revitalizada com abertura do canal, chegou a receber alevinos de peixes. Tomou água 2004-2006-2008-2009 e hoje está completamente seca.”

Lagoa do Piató em Assu vive a maior seca dos últimos 15 anos

Por Josemário Alves / SOS Notícias do RN

A Lagoa do Piató, localizada no município de Assu e tida como o maior reservatório natural de água doce do estado, alcançou no dia 16 de dezembro de 2014, o nível mais crítico dos últimos quinze anos. Com sua capacidade totalmente zerada, o reservatório que tem cerca de 18 quilômetros de extensão, tem afetado negativamente dezenas de famílias que usavam suas águas como fonte de renda para conseguir o pão de cada dia.


A lagoa beneficia toda a região do Vale do Açu. Em tempos passados, a população ribeirinha residente em cinco comunidades ao redor do reservatório chegavam a enviar toneladas de peixes para outros estados como Ceará e Paraíbas, além de outros municípios do Rio Grande do Norte. Hoje, o cenário é agonizante.


“Pra mim ela representava tudo no mundo, hoje em dia é uma tristeza ver ela assim seca, quando eu olho pra dentro dela chega eu choro. Meu marido sai de madrugada de moto pra Touros, arriscando a vida pra ganhar uma mixaria. Quando a lagoa tava cheia, a coisa era diferente, ele vivia em casa, pescando. Uma lagoa dessa me faz falta demais”, disse a moradora Antônia Alves.

Segundo Ítalo Costa, morador do Porto do Piató, os pescadores da região estão se deslocando até outros reservatórios, como a barragem Armando Ribeiro Gonçalves em Itajá, para garantir o seu sustento.


Além da pesca, a Lagoa do Piató era utilizada como um ponto turístico, e fazia sucesso nos períodos festivos como o carnaval, chegando a receber 7 mil pessoas. “Agora não vem ninguém nem mesmo no carnaval”, declara Dioclécio de Souza, representante da comunidade Porto do Piató.


A última vez que o reservatório alcançou o nível mais crítico foi no ano de 1999, mas logo teve sua capacidade recuperada pela metade com a reconstrução de um canal que liga a lagoa ao rio Piranhas-Açu. Entretanto, com a enchente de 2006, o canal foi obstruído e, até então, jamais foi restaurado.

Ítalo Costa, disse ainda á reportagem do SOS Notícias do RN, que a medida mais urgente a ser tomada para reverter à situação seria a reativação do canal.


“Eu acredito que se o governo refizesse o canal, que eles tentaram fazer em 2007 e não deu certo, seria a solução dos nossos problemas”, afirmou.




Em julho, o secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do estado Luciano Cavalcanti, disse à imprensa que tem se reunido com a Agência Nacional de Água e o Ministério da Integração, com objetivo de criar um plano emergencial para este ano, a fim de evitar que a seca prejudique mais ainda o abastecimento de água no Rio Grande do Norte.