A Lagoa do
Piató tem Historia.
Os impactos ambientais sofridos pela lagoa não atingem só a
sobrevivência da população que depende da pesca para sobreviver. Ameaçam o
principal santuário ecológico e paisagístico da região. A lagoa também
representa um monumento histórico, sendo ponto de referência de toda ocupação
da região e das vastas caatingas nordestinas. É marco dos conflitos entre
janduís e os colonizadores. Estes índios da nação tapuia, junto com outros
povos indígenas, como os Canindés, organizaram-se
na confederação dos cariris para defender os seus territórios. O conflito,
chamado pela historiografia oficial de Guerra dos bárbaros, ocorreu entre 1663
e 1665 e, só terminou quando foram aprisionados os reis Janduí e Canindé. Um
dos acampamentos do rei Janduí ficava próximo a lagoa Bavatagh, localizada ao
poente do rio Açu e abundante em peixes. No lado nascente do rio ficava outro
lago denominado pelos nativos de Igtug (Lagoa da Ponta Grande). O rio Açu era
chamado de Otschunog pelos nativos. O nome Açu, proveniente da língua nativa
significava Grande, dai veio o nome do Estado do Rio Grande do Norte.
Destes índios veio o nome Piató. Segundo Câmara Cascudo, na
língua Tupi seria Ipia-a-tó, Lagoa da casa ou casa de morada, alusão a velha
residência tradicional da fazenda de gado, a mais antiga ás margens da lagoa do
Piató. Conforme esse conhecido antropólogo norteriograndense , Piató, a morada
primitiva, lhe deu o nome e era fazenda de gado. Além do nome piató, cada
comunidade das margens da lagoa tem sua historia e singularidades próprias.
Razão porque cada uma delas foi tratada mais adiante como um caso particular.
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