Ao amanhecer da aurora ti via resplandecer,
banhada pelo Rio Açu de um vento frio à me aquecer. O canto dos passarinhos eu ouvi, era lindo o sabiá, como podes tu lagoa, na secura te afogar? Eis a seca braba, câncer lento a te matar, toda é a nossa culpa queira nós crime pagar. Ao sujar te poluímos, sem medida e cumprimento e da chuva privação esse é o merecimento.
Quem eras tu e quem tu és minha lagoa?
Do verde e de ramados, carnaubais te assinalava.
Tu que alimentastes tantos quantos pescadores. E hoje deixa a mendigar a quem padecem em suas dores.
Mais do céu fazei chover, Jesus Cristo e São João.
Ver a dor deste teu povo, que não tem água e nem pão,pois o que era o seu sustento se tornou foi um tormento, só brasa, poeira e carvão.AUTOR:
Tállison F. da Silva
http://talfilomusipoesia.blogspot.com.br/
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